terça-feira, 25 de agosto de 2015



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Vozes... 


  O desgosto...
aquela voz persistente
alimentada por mágoas
regrada por incertezas
velada em noites eternas
respostas sem perguntas
lágrimas amargas
e a voz que grita
por dentro
das muralhas e arames
e ao ser alçada, fere
 o peito por dentro,
que sangra razões
aponta o culpado
em desculpa prazerosa
a insanidade faz caminhos
de pedras e espinhos
e burla a regra do jogo
amordaça as palavras
e sucumbe a alma
 no abismo...


segunda-feira, 24 de agosto de 2015






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                                                                                                           ( imagem do google)


A casa é sua!


A casa lá do fim da rua
aquela rua sem saída
onde mora o poeta...
parece livro aberto
com as folhas cantando
tem cheiro de novidade
a porta convida a entrar
parece se agradar de gente
a casa em si não é bela
a pintura têm histórias
em seus descascados de tinta
....aquela próxima a calçada
foi o menino com os dedos
achou bom retirar a cobertura 
da parede e deixá-la natural
com olor de terra molhada
e aí veio os cutucões da vassoura,
dos móveis, do guidão da bicicleta,
enfim...
o telhado bem chapiscado de bolor,
quando chove, não guarda os moradores 
da chuva e alguns pingos descem 
quicando no balde já atento
como dizia, a casa gosta de gente
entram pernas apressadas
e saem leves, diria um pouco
dançantes...sem pressa
e há dias que o poeta
senta-se na soleira da porta
e fica esquecido do tempo
às vezes parece esperar alguém
a procurar algo, a se deixar paisagem
há solidão, há amor, há misturas
de emoções em se olhar o poeta
enquanto este suspira e olha o céu
parece sentir saudade...
a casa do fim da rua
não é a mais bela de fato,  
mas todos chegam a ela
e acabam sendo convencidas
a entrar...vamos!





domingo, 23 de agosto de 2015






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(imagem google)

O abajur


Pouco de luz
afasta o breu
Há sombras
dançantes
na parede
Há solidão
aquém do teto
E a quietude
se desfaz
no bailar
do inseto
encandeado
Os olhos
da insônia
se movem
de asas
No encontro
da luz
se distraem
se acalmam
e se fecham

terça-feira, 18 de agosto de 2015




                                         
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                                                                             Imagem do google



Fado

Não entendia de adultos
falavam asperezas fins
diziam saber tudo!...
e diziam que eu nada sabia
e no silêncio...fugia
longe me afastava
bem distante de gente grande!
Que chatos...sem graça
Ia balançar e correr
pular corda...pega-pega
jogar pião...polícia e ladrão
ali sim era bom!!
Entre os mundos vivia
Mundo grande e mundo pequeno
O grande habitados por seres
Criativos curiosos alegres
Seres …crianças
O outro... pequeno povoados por seres
Desprovidos... sem sonho...sem alegria
Seres...adultos
Passou...cresci...e meu mundo

Não deixei...ainda brinco...brinco

quarta-feira, 12 de agosto de 2015









Frágil sou...somos



As coisas devem ter um sentido para ser como são e não como queremos que seja. Observo pessoas por onde ando e estou, não entendo muito. Mas, elas se repetem na maneira de agir e ser, então imagino que somos fadados a girar em torno de nós mesmos, porque não encontro explicação mais contundente, e para que preciso explicar. O intelecto é restrito, apertado. Ele expande pouco e, às vezes deve enforcar os mais atrevidos. A terra está aí de prova desta prisão, gira infinitamente, igual frango no espeto. E, as pessoas (incluindo eu), dão voltas pequenas em torno de suas teorias que afinal podem não significar nada. Tudo uma falácia! E, francamente, ando cansada de ser pião, queria ser outra coisa. Na mistura das minhas voltas entorno meu eu e acabo sufocada com este ser frágil e mutável que sou e somos. 

sexta-feira, 7 de agosto de 2015



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(Imagem do google)

Coisas acontecem...


E pintou-se as margens 
do lago e as copas das árvores
prontas para a festa
neste retrato de uma estação
das quatro que sabemos
as quais permeiam o ano
 nos presenteando
cada uma com sua beleza
são fases iguais a da lua
iguais  as da vida
iguais aos ciclos da terra
cada qual com seu capricho
nos trazem magias e propostas
a proposta de ver a diferença
que se mostra visível
não se trata de mistérios
nesse ciclo da terra
não há nada imutável
as coisas acontecem sorrateiras
é um mover invisível
que faz os dias diferentes
há um renovo diário
e aquela árvore seca
de repente está repleta de flores
colorindo o horizonte
e as pétalas se balançam ao vento
para forrarem o chão
e formam a cor monocromática
do momento
estonteante tapete se forma
e ladeiam as avenidas
as margens dos lagos
a porta das casas
e sem que você perceba
as cores te contagiam
desenhando em seu rosto
um belo sorriso
e em seus olhos
o brilho de encanto
talvez seja comum
o espanto da mudança
mas de certo não é comum
saber que acontecem
 pequenos milagres
que transformam algo
que parecia simples
em algo de grande valia
de esplendor 

terça-feira, 4 de agosto de 2015









                                             (imagem do google)



Quero asas...

Preciso de voos 
que me arranquem
as palavras
e que venham 
com forças
de transformar
o desencanto
em encanto
o raso em fundo
o feio em bonito
o triste em alegre
a dor em paz
e o mundo
ah, o mundo 
aproveito
para pulverizar 
de versos



Sem sentido  Solto as mãos sobre as teclas pretas, os toques lentos entre sons de burburinhos distantes em minha mente ausente  há se bulind...