quinta-feira, 23 de julho de 2015

Inquilinas






                             

Inquilinas


...No pé do muro
o banquinho de madeira
já empoeirado
deserto de dono
neste exato momento
é invadido de pernas
e nele
 as aranhas tecem
rede elástica
e andam faceiras
puxando fios
bordam daqui
bordam dali
e formam figuras
em degrade
alheias do homem
agora ausente
preparam a casa
 amarram tramas
e surge uma arte
delicada em fios
e as pernas esguias
deslizam...
elegantes e leves
 o banquinho outrora
lustrado e amado
agora jaz empoeirado
e todo emaranhado
de aranhas
 de estranhas
e o menino
 vê-se encantado
e nas horas findas do dia
fica a olhar emocionado
pois não há de ver
que os fios são dourados
e aquela aranha
 tão exibida
 se veste de verde
    e listras amarelas...


terça-feira, 21 de julho de 2015






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Pausa...


Meus dias 
amplidão
horizonte
 possibilidades
Vou seguindo...
Ouço 
o ribombar
do vento...
 quando em mim
repousa a inquietação
 anseio
Canção
 suave de flauta...
vibra em mim
 há amores
 desabrochando
E chilreiam
 os pássaros...
enquanto desperto
 manhãs de sonhos
Nisso a brisa
 mansa e carinhosa
no marulhar de águas
 dançantes
me elevam
Mas falta sopro
 melódico...
 quando a orquestra
 da vida respira
E dentro de mim
 há uma pausa...


sexta-feira, 10 de julho de 2015





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Ausência


Não sei das lembranças
nas tardes tortas da existência
pois algumas, vêm distorcidas
e causam-me ausência 
  neste chão raso do pensamento
funda interrogação se me apresenta
onde perdeu-se os risos e as cirandas?!
em que lugar meus sonhos dormem?!
no sigilo das manhãs o véu rasgou-se
pálida inocência despertou
e encontrou  janelas abertas
a mão suave do vento
o conduziu aos ares ali flutuou cantando
seguiu borboletas que flanavam
e fiquei só...estranha de mim, rasa








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                                                      (imagem do google)



Desnudar-se


Que mais tem debaixo do sol?!
são cabeças abafadas por chapéu
e visões nubladas por óculos escuros
o que não citei tem mais importância
pois  de que se alimenta a alma?!
da justa beleza posta na natureza
e no infinito azul onde se perdem 
os sentidos e se esquece o tempo
bem claro fica, desnudar-se
de utensílios vazios e inundar-se 
em sóis nesta imensidão de mundo



quarta-feira, 8 de julho de 2015





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Manhãs...

O dia desvelou-se ao amanhecer
e a rotina já faz fruir a sociedade
numa parceria de sonhos.
A mudança está no olhar e no querer
Faz diferença despertar manhãs
Nuas e vesti-las de luz
Na mesmice, tanto faz sol
Já que os olhos nublados
Só enxergaram trevas




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Portas fechadas...


 A distância...perde-se
Notas o andar do sujeito
Polvilhado de marasmo
traçado de desgostos...?!
E não folga no descanso
E a pilha diminui a força
Na medida de uma traça
Destrói lentamente...
É invisível a benquerença
Das mãos presas do destino
E se vão de porta em porta
A se fechar sem opção
Não hoje, quem sabe amanhã
E é longe...a distância


domingo, 5 de julho de 2015




 
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Enlevo


De paz é minha vida
mesmo no caos!!
encontro sustento...energia
e se preciso me retiro 
me penso me crio
caramujo se prende ao corpo
tenho espírito liberto me fujo
aspiro sonhos me faço encanto
volto tranquila e repouso
não volto ao casulo oco
volto ao santuário da vida
este enlevo do existir!
me exponho no campo
me desfaço e me recomponho
minha vinda é de paz!!
não tente molhar meus olhos
com tristeza e mazelas
nem queira meu sorriso apagar
nas misérias acometidas
nesse despintar da beleza eterna
mais pode o sonho construir
do que um olhar de enganos
destruir...



quinta-feira, 2 de julho de 2015




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Desabafo


As eras passam e as mudanças acontecem desvairadas. Não há tempo de digeri-las, tendo pois caráter passageiros. Não entendo o desgaste social em torno de determinados temas, estamos fadados ao erro. O mundo das ideias frouxas se ampliam feito virose e se alastram nas redes sociais de tal maneira espantosa, que cegam os desavisados, acostumados a clicar em curtir, sem ao mínimo refletir sobre seu ato. E, haja campanhas inúteis sem valor, vejo tudo isso como um desvio de atenção da massa. É como uma boiada desenfreada, que corre para pertencer e, foge de ser alguém que faça a diferença nesta sociedade sem eira e cheia de beiras, não basta ficar bitolado dando cliques em curtir, isso não leva a lugar nenhum e as pessoas vão acumulando misérias. Este é o país formado por essa política desgastada  e cruel, antro de egoístas e cafajestes egocêntricos. Devíamos reinventar as pessoas, as coisas. Parece-me que a imaturidade comanda o pensamento e o comportamento humano. Valores são importantes,certo, o que faremos nesse mundo em que poucos se importam em dar um basta em superficialidades. Dizem que o país é democrático, como pode ser se não posso dizer o que penso sem ser motivo de chacota e ameaçada pela justiça de responder por racismo ou crime, seja lá o que for. Que lugar é esse?!  A maldade cresce e é aceita, ovacionada. O capitalismo esmaga o povo e é aplaudido, A terra é destruída aniquilada e a humanidade reduzida a fantoches. A pior destruição é esta, extingui-se o homo sapiens e renasce o homem das cavernas, aquele ser animal e, sobreviva quem puder.

Sem sentido  Solto as mãos sobre as teclas pretas, os toques lentos entre sons de burburinhos distantes em minha mente ausente  há se bulind...