quinta-feira, 1 de julho de 2021






Sem sentido


 Solto as mãos sobre as teclas pretas, os toques lentos

entre sons de burburinhos distantes em minha mente ausente 

há se bulindo em mim des/sabor nos sentidos, digo rodopios

uma bailarina presa a caixinha, ainda bela... mesmo inerte

a música calou-se no ouvido, produz apenas marulho 

o alfabeto nas teclas pretas miscigenados nas línguas

estão dispersos de presente, um papiro ardente

não há alquimia nas risadas, som uníssono a voz do vento  

nos olhos se estendem corredores, por trás das portas dormem

tão frios são os dedos do tempo...ásperos   

alisam a tês ainda morna ainda aqui

tão frios são os dedos do tempo 




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