quarta-feira, 17 de junho de 2015


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Pedaço de uma tarde...


A tarde na tranquila casa, acontece como prevista. Deslizam as horas após o almoço (cheio de arroz e feijão) que bom penso, melhor assim do que a fome. A sonolência é companheira certa, o sofá jaz amassado em alguns pontos, prova de uso indevido. A louça, nem sempre lavada, ocupa espaço na pia e chama à atenção de famigerados mosquitos, eca...Lá fora passam carros a chiar  motores, os pássaros cantam, e escutam-se palavras vindas de algum lugar externo...não importa. Existe mágica no desenrolar do tempo, o sol escaneia a terra e vai aos poucos adormecer. O céu desbota-se em pálido azul e o mormaço aquece o dia. No horizonte, despontam alaranjadas cores  iluminando por trás dos montes, onde a vida floresce e os animais são livres e as borboletas colorem as íris a dançar. A brisa entra de soslaio pela janela e acaricia o corpo inerte no sofá, faz coragem no espírito sonolento, faz vontade de levantar...   



Um comentário:

  1. Olá, Ainamel.

    Esse conto-poético passou-me tamanha tranquilidade, que pude até sentir uma preguiçazinha mansa, daquelas que Drummond recomendava ao dizer que 'a vida precisa de pausas'.

    Um abraço!

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